No contexto do mercado de acessórios, muitos consumidores enfrentam dificuldades ao distinguir entre joias, semi-joias e bijuterias. Apesar das semelhanças visuais, essas categorias apresentam diferenças significativas em relação à durabilidade, aos materiais empregados na confecção, ao processo de fabricação e ao valor atribuído a cada peça.

As joias são elaboradas a partir de metais nobres, como o ouro maciço, a prata pura (com purezas de 925 ou 950) e a platina. Frequentemente, essas peças incluem pedras preciosas de alto valor, tais como diamantes, esmeraldas, safiras e rubis. Essas gemas são extraídas diretamente da natureza ou criadas em laboratórios com características químicas e físicas equivalentes às suas contrapartes naturais. 

É importante destacar que as gemas cultivadas em laboratório pertencem ao domínio da alta joalheria e são submetidas a rigorosos processos de lapidação e certificação. O design das joias garante uma durabilidade que pode se estender por décadas ou até séculos, muitas vezes sendo transmitidas de geração em geração. Além do seu valor intrínseco, as joias costumam carregar um forte significado afetivo e histórico.

Por outro lado, as semi-joias possuem metais não preciosos, frequentemente ligas metálicas como latão ou cobre. Para adquirir uma estética mais sofisticada, estas peças recebem um banho de ouro, prata ou ródio. Elas podem incluir pedras naturais ou sintéticas, zircônias, cristais ou resinas. 

As diferenças entre os dois tipos de acessórios são os materiais, repare nos detalhes! – Divulgação

Como reconhecer?

Embora sejam mais acessíveis, as semi-joias possuem uma durabilidade limitada e requerem cuidados especiais para manter seu brilho e evitar oxidações. A identificação dessas diferenças pode ser desafiadora para o consumidor. No entanto, alguns indicadores podem facilitar esse reconhecimento:

  1. Verificação da marcação do metal: Joias geralmente apresentam gravações que informam a pureza do metal, como “750” (ouro 18k), “925” (prata de lei) ou “950” (prata ainda mais pura). As semi-joias costumam não ter essas marcações ou apenas exibem o nome da marca.
  2. Observação do peso da peça: Devido à utilização de metais nobres, as joias tendem a ter um peso mais robusto e consistente. Em contrapartida, as semi-joias costumam ser mais leves, especialmente sendo ocas ou feitas com plásticos com acabamento metálico.
  3. Durabilidade do brilho: O brilho de uma verdadeira joia não diminui com o tempo. Já as semi-joias, que possuem apenas um banho metálico, podem escurecer ou perder o brilho com o uso contínuo.

Banho de ouro

A Associação Brasileira da Indústria de Joias informa que o setor de semi-joias cresce aproximadamente 12% anualmente no Brasil, impulsionado pela demanda por peças que sejam tanto acessíveis quanto sofisticadas. Contudo, essa expansão levanta questionamentos sobre o uso indiscriminado do termo “semi-joia”. 

Muitas marcas oferecem produtos cuja qualidade e composição superam os limites tradicionais dessa categoria, mas ainda assim são classificadas erroneamente devido à falta de entendimento por parte dos consumidores e do mercado.

Isabelle Lobão Argello, co-CEO da Azul Joias Brasil, destaca a necessidade urgente de uma educação mais eficaz sobre este assunto. “Muitas pessoas desconhecem que uma semi-joia, mesmo sendo visualmente atraente, não possui a mesma estrutura que uma joia confeccionada com metais nobres. Quando uma peça é feita com prata pura e banho de ouro com lapidação exclusiva, como ocorre na nossa linha Azulight, estamos tratando de um produto que merece ser classificado como joia”, afirma Argello.

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