Sandra Annenberg desabafa sobre cabelos brancos e tabus após os 50 anos: “Para você ser bonita tem que ter 30?”
Em entrevista, jornalista da Globo comentou sobre os estereótipos da mulher madura

Em entrevista, jornalista da Globo comentou sobre os estereótipos da mulher madura
Sandra Annenberg é mais uma das mulheres que decidiram aceitar os fios brancos e se verem livres das pressões de esconder as marcas da idade. A apresentadora da Globo confessou que está muito bem com seus cabelos grisalhos e não pretende pintá-los.
“O que eu acho mais legal é que a minha geração está se libertando do compromisso com a estética jovem. Quer pintar o cabelo? Pinta e está ok. Não quer? Não pinta. Essa liberdade é muito importante. Não somos mais escravos de uma aparência jovial. A idade conta cada vez menos. O que conta é a experiência, a vontade, a energia.”, declarou ela em entrevista à revista Marie Claire
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No auge dos seus 52 anos, a jornalista comentou sobre o novo cenário da faixa etária e da pressão em esconder os fios: “A pauta surgiu da cabeça de mulheres com mais de 50 anos, que percebem exatamente a questão do idadismo ou ageísmo, que é o preconceito com a idade. Estamos vivendo um momento de crise e os mais velhos não estão conseguindo se recolocar. É quase irônico porque o público 50+ é responsável por 42% do que é consumido no Brasil. Essa economia prateada movimenta um trilhão e 800 bilhões de reais por ano. São pessoas ativas, consumidoras e produtoras, mas que acabam ficando invisíveis porque nunca tratamos desse contingente com o respeito merecido”,
“A gente sempre olhou para o mais velho como aquele que vai saindo do mercado para dar lugar ao novo. Estamos mudando isso, passando por uma fase muito bonita e tenho a sorte de fazer parte dessa geração. É uma turma que está se autoafirmando. ‘Eu continuo ativa, com energia, produtiva. Não me sentindo jovem.’ Antes, a gente tinha que falar que era jovem de espírito. Tanto faz a idade do meu espírito, o que importa é que estou na vida, na luta, na labuta.”, acrescentou.
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Para a apresentadora, não existe a ideia de que os ’50 são os novos 30′. “É embutido o preconceito em uma frase como essa. Quer dizer, para você ser produtivo não pode ter 50? Para você ser bonita tem que ter 30? A gente fez isso ao longo de todos esses anos, está na hora de parar. Existe beleza e plenitude em cada fase. Ninguém precisa aparentar ser jovem para ser jovem, nem aparentar ser mais velha para ser mais velha. Cada um aparenta o que quiser e não pode ser julgada porque, sei lá, resolveu pintar o cabelo de azul aos 50 ou usar minissaia aos 60”, explicou.
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