Alta-costura: lilás é​ protagonista em coleção delicada da Armani Privé

A proposta do italiano Giorgio Armani para a primavera de sua linha de alta-costura não poderia ter sido mais feminina: o estilista apostou no malva – um lilás clarinho – e nas divas dos anos 1940 para compor uma coleção suave, mas com pinceladas bem contemporâneas. Porque, além dos longos glamourosos tão esperados na haute couture, Armani trouxe shorts e vestidos curtos que combinaram tecidos metalizados e texturas onduladas com peças fluidas de chiffon, tule e organza. Puro luxo! O desejo de repetir o sucesso de sua “coleção nude”, do inverno 2013, explica a opção pelo tom. “Eu queria uma cor feminina, algo suave. O malva é para uma jovem mulher elegante”, definiu Armani. Ao lado do lilás, toques de cinza, púrpura e preto reforçaram a sofisticação. Saias plissadas, tops tomara que caia com grafismos e calças com babados favoreceram a vibe jovial.

 

Aliás, plissados e babados devem ser hit no próximo verão brasileiro, tanto na versão romântica como no mood caribenho. Nos pés, o conforto continua reinando absoluto: sapatilhas com meias cintilantes encantaram pela delicadeza, enquanto as botinhas brancas – que lembravam as da coleção Space Age, lançada em 1964 pelo estilista francês André Courrèges (1923-2016) – trouxeram um ar sessentinha à passarela parisiense.

 

As bolsas pequenas predominaram, ora estruturadas com alça, ora molinhas para segurar junto ao corpo. O que mais chamou a atenção, no entanto, foi o impecável trabalho artesanal evidente nos bordados com cristais Swarovski, lantejoulas e pérolas. Para se ter uma ideia da complexidade dos modelos, um dos vestidos precisou de cinco costureiras e nada menos que 300 horas para ficar pronto! Na fila A do desfile, a atriz inglesa Charlotte Rampling (70) provavelmente estava imaginando qual deles escolheria para usar na noite do Oscar.