Chanel: Karl Lagerfeld faz sua aposta para o inverno em cassino estrelado
No desfile de alta-costura da Chanel, peças confeccionadas com uma impressora 3D foram uniram tecnologia ao trabalho feito à mão pelas artesãs da maison
No desfile de alta-costura da Chanel, peças confeccionadas com uma impressora 3D foram uniram tecnologia ao trabalho feito à mão pelas artesãs da maison
É claro que, em um desfile de moda, as roupas são a grande
atração. Mas, no caso da Chanel, existe também uma enorme expectativa para
saber qual o cenário imaginado por Karl Lagerfeld para ambientar a coleção de
alta-costura da maison. Depois de reproduzir um supermercado, um restaurante e
um jardim de papel em temporadas passadas, o kaiser idealizou um cassino no
Grand Palais, em Paris. Mas não qualquer um. Arriscando a sorte nas roletas
estavam personalidades como as atrizes americanas Julianne Moore, Geraldine
Chaplin e Kristen Stewart – todas vestidas com looks exclusivos e joias da
grife francesa. Mas nem as musas escolhidas por Lagerfeld foram capazes de
ofuscar as roupas: as peças que abriram o desfile foram confeccionadas em 3D,
sem costura, em uma superimpressora apelidada de Sweetie.
high-tech deixariam até a estilista Coco Chanel (1883-1971) maravilhada. Além
do tradicional tweed – que vem ganhando novas releituras a cada coleção –,
Lagerfeld apostou em seda, tule, renda, organza, couro e chiffon. O brilho do
lurex surgiu aliado a texturas incríveis, garantidas por cristais e pérolas
bordados e chiffon recortado a laser. Tudo confeccionado com tecnologia, sim,
mas sem dispensar o handmade. “Quando você luta contra o futuro, perde. É
preciso se adaptar”, justifica Lagerfeld. “A coleção é um mix entre a mão
humana e a máquina”, conclui. Na paleta de cores, azul-marinho, verde, cinza,
lilás, violeta, dourado, burgundy, preto e muito branco. Saias na altura do
joelho predominaram. Fechando o desfile, a top americana Kendall Jenner (19)
exibiu um terno branco com véu de tule. Figurino para um casamento moderninho?
Talvez. Uma aposta ousada, mas extremamente chique – como tudo o que o kaiser
cria.
Publicado na revista CARAS edição 1138