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Delicadeza high tech no desfile de Iris Van Herpen na Semana de Moda de Paris

Published 04/12/2015

Conhecida por suas incríveis roupas feitas com impressões 3D, que já conquistaram as cantoras Björk e Lady Gaga, Iris van Herpen provou que suas propostas high tech podem ultrapassar a passarela e ser viáveis também nas ruas. A estilista holandesa apostou em crepe, lamê, couro, seda, rendas, pedras de cerâmica Swarovsky e em uma paleta de cores neutra – que se resumiu a cinza, nude, branco, preto e prata – para criar uma coleção futurista, mas superfeminina e urbana. 


As ricas texturas, o efeito dos tecidos metalizados em movimento e as padronagens geométricas apresentadas na passarela parisiense surpreenderam pela delicada beleza. Para chegar a esse resultado, Van Herpen aliou cortes a laser, trabalhos manuais e impressões 3D, mostrando que a distância entre o ready to wear e a haute couture está cada vez menor. “A beleza de plantas e outros organismos compostos por uma arquitetura viva inspiraram a coleção. O jeito que as raízes crescem, formando uma ponte nas florestas da Índia, me fizeram rever o modo de fazer roupas”, conta a estilista. 


O uso de rendas orgânicas vindas de Calais, na França, por exemplo, deixaram essa inspiração evidente. A brisa jovial ficou por conta de shorts, mínis e tops cropped que abriram o desfile. Vestidos com sobreposições, transparências e cintura marcada reforçaram a feminilidade. E as open boots com plataformas arquitetônicas fizeram com que as modelos parecessem levitar na passarela. Mas a grande atração foi a performance protagonizada pela atriz inglesa Gwendoline Christie, da série Game of Thrones. Enquanto girava numa plataforma, braços robóticos teceram um vestido circular em seu corpo. A visão inovadora de Van Herper voltará a fazer parte da Semana de Alta-Costura de Paris, em janeiro de 2016. Um retorno que merece ser acompanhado com atenção por quem gosta de moda.


Coluna publicada na edição 1152 da Revista CARAS.

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