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O melhor dos desfiles da Semana de Alta-Costura

Segundo o Diretor Artístico, Schiaparelli, Dior, Chanel, Giambattista Valli, Armani, Balenciaga, Jean-Paul Gaultier e Fendi destacaram-se na programação de desfiles de alta-costura na capital francesa

Reprodução / Instagram / @schiaparelli
Reprodução / Instagram / @schiaparelli

A Semana de Alta Costura de Paris nos deu muitos motivos pra sonhar. Sempre pensamos que há uma garantia firme por trás das peças irreais da moda que são criadas pelas mentes mais criativas do setor. Mas nunca é possível imaginar exatamente os projetos finais, porque quando eles são revelados nas passarelas, o resultado está longe do que poderíamos um dia ter delineado em nossas cabeças.

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O destaque são sempre os vestidos, especialmente os maiores e mais extravagantes, dignos de uma princesa de conto de fadas. As peças de moda mais espetaculares desta temporada mais do que atenderam às expectativas.

O romantismo e a delicadeza absoluta foram impregnados na beleza das silhuetas com volume, texturas e laços, peças de jóias exageradamente brilhantes adornavam os rostos e pescoços dos modelos, e a maquiagem foi perfeitamente projetada para enquadrar a mulher portadora da bandeira que usava o vestido. De camadas de tule em tons pastel em Giambattista Valli, aos magníficos vestidos de dança Balenciaga tão grandes que as modelos lutaram para entrar pela porta, apresentamos cada um dos vestidos mais fantásticos dos desfiles de Alta Costura Outono-Inverno 2022 abaixo.

O elemento surpresa das coleções foi a paleta de cores que Schiaparelli, Vauthier, Armani Privé ou Balenciaga decidiram escolher para levar a personalidade de seus designs. Longe vão os modelos que brincavam com o monocromático de tons de preto e branco. O poderoso vestido amarelo cheio de tule, iluminado a todos os olhos, a peça elegante combinando com uma bolsa azul elétrica de Alexander Vauthier, era um ímã de emoções e a cor rosa brilhante que Armani escolheu para dar vida aos corredores, era simplesmente perfeita.

“A SEMANA DE ALTA COSTURA DE PARIS É UMA TRADIÇÃO É A SÍNTESE DA ARTE MAIS GENUÍNA NA PASSARELA, POR ISSO SE FAZ TÃO IMPORTANTE. É VER QUE A MODA COMEÇA SEMPRE SE RENOVA E O CONCEITO SE REFAZ COM ESSE MOVIMENTO. É SOBRE NOSSOS SONHOS.”

O Diretor Artístico, Ale Monteiro, falou um pouco sobre cada grife nesta Semana de Moda. Confira:

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O Teatro de Schiaparelli: Gostei muito dos acessórios irreverentes e da silhuetas. A Grife vem se reiventando e cumpriu com o propósito de trazer um novo olhar para Alta-Costura. Foi elegante, Inovador, sensual e muito teatral.

Dior Medieval: Inspirada na obra da artista ucraniana Olesia Trofymenjo, misturou fotografia e bordado, trazendo várias referências folclóricas. Me remeteu muito ao medieval. As peças em tons neutros trouxeram muitos bordados e transparência, essa viagem à essência da alta-costura e recuperou a artesanalidade que sempre caracterizou a moda de atelier.

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O maximalismo de Giambattista Valli: Com a coleção marcada por camadas e muitas texturas, Giambattista passou bem longe de ser um minimalista. E pelo que vimos em seu show ele não tem a menor vontade de mudar.

Retorno aos anos 30 da Chanel: Foi muito Original! Em um jogo de formas geométricas, onde as esferas suspensas do teto rivalizaram atenções com a coleção inspirada nos anos 30 do século XX. O desfile foi lindo e um verdadeiro culto à Gabrielle Chanel.

Armani e o brilho de Hollywood: Com muita ousadia nas cores, vestidos longos com decotes profundos, muito brilho e requinte na escolha dos tecidos, como organza e veludo molhado, tules e volumes, trazendo o brilho de Hollywood para Paris.

Jean-Paul Gaultier por Olivier Rousteing: O estilista reinterpretou clássicos do mestre, como a estampa marinheiro e sutiã cônico, e contextualizou a apresentação com vestidos-armaduras que imitavam barrigas de gestantes – uma critica fashion e atual sobre o fim do direito ao Aborto nos EUA.”

As joias da Fendi: O desfile da Fendi ficou reservado como destaque do ultimo dia. Dessa vez foram as jóias que roubaram a cena, já que competiram com a roupa pelo protagonismo. Trata-se da primeira linha de alta joalharia da casa Fendi.

A Constelação da Balenciaga: Um desfile recheado de estrelas, vestidos nada inovador. Balenciaga está muito focada no futuro. Foi o desfile mais comentado e o menos criativo. Apesar de ter tido muitos holofotes entregou um desfile abaixo de expectativas de uma haute, lembrando que celebridade não é moda.