O bordado, uma arte tão apreciada por nós, de MANEQUIM, reinventou-se nos últimos anos e tem caído no gosto de pessoas mais jovens, deixando para trás o mito de ser algo “da vovó”, para se tornar um hobbie e um instrumento de expressão do feminino e de ideais sociais e políticos.
A arte de ornamentar tecidos com fios diferentes, formando desenhos, surgiu logo após a descoberta da agulha, há mais ou menos 20 mil anos. Voltando um pouco mais na história, vemos que, ao contrário de outros artesanatos em tecido, o bordado teve sempre uma função estética. Em civilizações antigas, como nos monumentos da Grécia, aparecem figuras com túnicas bordadas, bem como os hebreus. Na Bíblia, também há referências sobre a arte do bordado, como quando Homero fala dos bordados de Helena e Andrômaca, nos quais essas princesas documentaram episódios da guerra de Tróia.
A partir do século VII, o bordado se tornou popular no Ocidente, e as abadias e mosteiros se transformaram em verdadeiras oficinas de artesanato. Em seguida, apareceram armas, brasões, escudos e pendões bordados a cores e em ouro e prata, e não tardou para que as pessoas começassem a bordar cenas semelhantes a pinturas, reproduzindo temas religiosos.
A Itália era, nessa época, o centro de todas as artes e servia de modelo para toda a Europa. Além do bordado ser plano, tornou-se também recortado e rendado, dando origem às rendas. No século XVII ele começa a aparecer na decoração, em toalhas de mesa e roupas íntimas.
Em 1821, um operário francês inventou a primeira máquina de bordar. No século XX, apesar de ser possível a reprodução mecânica de todos os tipos de bordado, alguns deles caíram em desuso e a revalorização dos bordados manuais ressurgiu, tornando-se símbolo de alto nível social. Hoje em dias, as técnicas aumentaram e se aperfeiçoam cada vez mais com o passar do tempo.