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Páscoa: veja as curiosidades em cada região do Brasil

A data mais saborosa do ano é cheia de magia e rituais que mudam ao longo do tempo e em cada parte do país. Para descobrir mais sobre a Páscoa, o jornalista Marcelo Duarte e a ABICAB realizaram uma pesquisa inédita sobre a festividade. Confira!

REGIÃO SUL

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No Paraná, imigrantes e descendentes ucranianos fazem a
paska, pão feito em casa e que deve ser bento na primeira missa do domingo.
Eles também produzem a pêssankas, ovos decorados à mão. Os traços nos ovos
significam bons desejos para o presenteado.

Em Ivoti , no Rio Grande do Sul, cães e gatos são pintados
de azul ou cor-de-rosa para anunciar às crianças que a época mais doce do ano
está se aproximando. Também por causa da forte influência alemã, a cidade fica
cheia de ninhos com ovos de chocolate.

Já em Pejuçara, também no interior do Rio Grande do Sul, os
4 mil habitantes têm orgulho de confeccionar tapetes de fuxicos que serão
estendidos dentro das igrejas e nas ruas do centro da cidade.

REGIÃO SUDESTE

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A tradição da Malhação de Judas foi trazida pelos
portugueses e consiste em bater num boneco forrado de serragem pelas ruas e
depois atear fogo a ele. Em São Paulo, o ponto de maior concentração é a Rua
Lavapés, no bairro do Cambuci. A Malhação começou a ser realizada ali em 1937.

A comunidade grega, que concentra principalmente em São
Paulo
e no Rio de Janeiro, costuma pintar ovos cozidos de vermelho. Depois de
decorados, duas pessoas fazem um desafio. Cada uma pega um ovo, faz um pedido e
batem um contra o outro. Aquela que conservar o ovo intacto tem o desejo
realizado.

A história dos tapetes de flores em Ouro Preto, Minas
Gerais
, começou em 1733, ano da reinauguração da igreja Matriz de Nossa Senhora
do Pilar. Os tapetes cobrem os três quilômetros da procissão e os desenhos são
feitos com serragem colorida, flores, areia e palha.

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A Páscoa iluminada de Araxá, Minas Gerais, é o maior evento
temático pascal do país. Acontece no entorno do Grande Hotel Araxá.

REGIÃO CENTRO-OESTE

Em Pirenópolis, Goiás, na Semana Santa, as ruas do centro
histórico e os casarões do século XVIII são palco das encenações dos rituais da
morte e da ressurreição de Cristo. O destaque fica por conta das belas imagens e
dos paramentos usados pelos fiéis nas procissões.

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No Mato Grosso do Sul o cardápio do feriado cristão traz
influência paraguaia: tem a famosa chipa, uma versão do pão-de-queijo, só que
temperado com ervas, e a sopa paraguaia – na verdade, uma torta à base de
milho.

Na Cidade de Goiás acontece anualmente a procissão do
fogaréu. O ritual teve início na cidade em 1745 e revive a paixão e morte de
Jesus Cristo. Cerca de 20 mil fiéis chegam a participar. À meia-noite da quinta
para sexta-feira, 500 homens com tochas saem em procissão, acompanhados pelos
sons de tambores. A cidade fica completamente às escuras.

REGIÃO NORDESTE

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Três pratos são muito tradicionais na Páscoa do Nordeste. O
primeiro deles é o quibebe, um tipo de purê de jerimum, consumido na Sexta-feira
Santa, no lugar da carne vermelha. O segundo é o arroz de coco (cozido com
leite de coco). E o mais emblemático é o feijão de coco, servido em forma de um
caldo bem grosso.

O Piaui é o Estado mais católico do Brasil. São quase 87,93%
da população que se denomina católica praticante. Por isso, muitos piauienses
lembram da quantidade de proibições que cercavam a Semana Santa antigamente. Na
Sexta-feira da Paixão, por exemplo, era proibido até tomar banho e pentear o
cabelo.

Em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco, na Fazenda Nova,
acontece uma representação da Paixão de Cristo que é considerada o maior
espetáculo ao ar livre do mundo.

A mais famosa procissão do fogaréu baiana tem lugar em
Serrinha. Ela é realizada desde 1930 e foi transformada em Patrimônio Histórico
Imaterial da Bahia. Cerca de 30 mil fiéis sobem a colina de Nossa Senhora
Santana, o ponto mais alta da cidade, com velas e tochas.

REGIÃO NORTE

A procissão do Senhor Morto é realizada por todo o país.
Durante a caminhada, as pessoas que têm algum problema de saúde medem a parte
do corpo de Cristo relativo à doença com um pedaço de barbante. Por exemplo:
quem está com dores nas pernas mede a perna. Depois, esse barbante deve ser
amarrado em qualquer parte do corpo de Cristo. Em Belém, a procissão sai da
Catedral da Sé em direção à igreja de São João.

Barcarena apresenta a mais famosa encenação da Paixão de
Cristo da região Norte. Foi construída uma cidade cenográfica para receber os
130 atores e 200 figurantes que apresentam o espetáculo agora chamado de “Paixão
da Amazônia”.