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Conheça mais sobre a marca mineira que conquistou as famosas

Com uma moda autoral, baseada no tricô, a GIG Couture conquistou seu espaço. Em 2014, estreou com sucesso no São Paulo Fashion Week. Hoje, reúne clientes famosas e já vende suas peças na França, Inglaterra, Canadá, Dubai e Estados Unidos

Minutos após o desfile da grife na semana de moda paulistana, a estilista Gina Guerra conversou com MANEQUIM sobre a importância do trabalho artesanal, suas inspirações e planos para o futuro. Confira. 
Como nasceu seu interesse pelo tricô?
Um dia fui à malharia de uma amiga e vi um rolo de linha – me apaixonei imediatamente! Eu já estudava moda, mas ainda não tinha me encontrado, até ver as linhas. É incrível fazer o seu próprio tecido para depois confeccionar a roupa. É completamente exclusivo. Estudei durante sete anos, montei a minha malharia e fui conhecendo as técnicas e os fios. Cada roupa pede um tipo específico de fio para um caimento mais durinho, mais armado ou mais fluido. É desafiador. 
Quais são as principais características da marca?
A GIG sempre foi muito feminina e contemporânea. Temos construído nossa história a cada coleção. E a moda é isso: renovar o tempo inteiro. Atendemos a mulher jovem e também a madura. Quando veste nossa peça, a cliente entende que é muito mais do que uma roupa. Por trás dela existe uma história. 
Como funciona o seu processo criativo?
Para criar uma coleção, primeiro escolhemos o tema e buscamos inspirações. Depois definimos as cores. Então vamos construindo os desenhos, estampas e modelagens. Paralelamente vamos fazendo os tecidos, e encontramos a textura que queremos. 
Qual é a importância do trabalho artesanal para a GIG?
É fundamental! Nossas máquinas são industriais, mas o processo do tricô é 100% artesanal. Para colocar o tecido na máquina e tecê-lo, é necessário ter uma pessoa. Quando a roupa sai da máquina e passa pelos setores, também. As peças da GIG são confeccionadas uma a uma. São cortadas uma a uma. Costumamos dizer que é alta-costura mesmo. Entre tecelagens e máquinas, cada peça leva em torno de cinco horas para ficar pronta.
E para o desfile?
É um pouco mais complexo, porque fazemos provas e adequações. Ficamos mais ou menos três meses trabalhando nisso. A GIG participava do Minas Trend, depois estreou no São Paulo Fashion Week. 
Como foi?
O Minas Trend é muito bom, mas em São Paulo temos oportunidade de mostrar a coleção e expandir a marca. O São Paulo Fashion Week é muito global, e isso tem tudo a ver com nosso desejo de querer ir para o mundo inteiro. A marca já é vendida no exterior. 
Como aconteceu?
A GIG existe há dez anos e exportamos desde o início. A Patricia Schettino, minha sócia, morou na Europa e conhece o mercado. Quando começamos a sociedade, ela perguntou: “Você pode fazer uma roupa que venda no mundo inteiro?” Respondi que sim – em todo lugar, alguma mulher pode gostar das peças que criamos aqui. 
Quem são as famosas que usam GIG?
A atriz Lindsay Lohan foi uma das primeiras no exterior. Aqui no Brasil, a cantora Marisa Monte – temos um carinho especial por ela. Letícia Spiller, Marina Ruy Barbosa, Sabrina Sato, Giovanna Antonelli e Deborah Secco estão entre as nossas clientes. A cantora americana Lana Del Rey já comprou três vestidos nossos. Queremos alavancar a marca nos Estados Unidos, porque lá a coisa acontece. 
Qual é o maior desafio da marca?
A globalização faz com que tudo fique velho em instantes. Precisamos fazer peças que caibam não só em uma estação, mas que sejam atemporais. 
Admira algum estilista em especial?
Gosto do Karl Lagerfeld (estilista da Chanel e da Fendi), mas tudo o que faço é muito meu. Tudo o que envolve moda tem que ser muito autoral. Se não for, não é moda, é só roupa. Para construir um conceito ou marca, o segredo é ser autêntica. Vocês não costumam seguir tendências… Queremos fazer diferente! Tentamos inovar sempre, ser criativos. Não quero fazer nada que seja óbvio. Queremos ditar tendências.

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