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Ícone nas Olimpíadas, Karen Jonz fala sobre estética nostálgica de novo álbum musical: “Desafio grande”

A skatista migra para a música em projeto intimista com referências dos anos 90, o álbum “Papel de Carta”

Ícone nas Olimpíadas, Karen Jonz fala sobre estética nostálgica de novo álbum musical: “Desafio grande” – Reprodução / Instagram / @karenjonz

Com o seu primeiro álbum solo de estúdio nomeado “Papel de Carta”, a skatista tetracampeã mundial e sucesso absoluto como comentarista de provas de skate nas Olimpíadas de 2021, Karen Jonz, se aventura de forma madura no cenário musical ao apresentar projeto intimista e autobiográfico que levou anos para ser divulgado: “Quando eu comecei o disco, eu queria lançar de qualquer jeito. Ai no meio do processo, eu entendi que não dava para lançar de qualquer jeito. Eu ia ter que dar o meu melhor em tudo, fazer a melhor capa, fazer o melhor clipe que eu pudesse, dentro das minhas condições”.

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Nesta última quarta-feira, 11, a Manequim esteve presente na coletiva de divulgação do novo disco e conversou com a artista que falou de seu processo criativo, estética, suas inspirações e sobre suas expectativas para a recepção do novo álbum

“Eu sinto que eu tenho muito mais espaço e disponibilidade para retomar os meus projetos.”

Com uma sonoridade única e referências “noventinha”, como as bandas No Doubt, Rolling Stones e Nirvana, a cantora, que revelou se identificar com o processo de composição autobiográfico de Alanis Morissette, conta que Manu Gavassi foi pioneira no seu projeto de criação. “Uma das primeiras pessoas que eu mostrei [o álbum] foi a Manu Gavassi. Quando ela ouviu e eu perguntei ‘o que você acha?’, ela disse ‘vou te dar duas palavras: Gótico Fofinho, contou a artista.

Aos 38 anos, Karen Jonz compartilha suas referências da adolescência vividos na década de 90 que podem ser identificados no visual do projeto através dos papéis de carta, carimbos e pelúciasApesar de podermos observar muitos elementos que contam sua história, a artista conta que devido ao lançamento do álbum de Olivia Rodrigo no ano passado, alterações tiveram que ser feitas: “A gente fez o nosso moodboard antes do disco da Olivia Rodrigo sair e ele tinha adesivos, tinha super adesivos e aí quando saiu, eu falei: não vai rolar adesivos para gente, vamos ter que tirar”.

Além de elementos lúdicos e nostálgicos, a artista, com a ajuda da diretora de arte Raquel Denti, traduziu esse lado infantil para algo mais adulto e ainda adicionou influências de movimentos como emo, anime e kawaii, referências do skate e zine que fazem parte da história e conversam com as várias facetas da tetracampeã. “Acho que esse foi um desafio grande. Como pegar tudo isso que é lúdico, infantil e que faz parte de mim, só que traduzir para uma pessoa de 38 anos que tem uma imagem diferente hoje que não é mais aquela coisa de criança. Eu acho que casou muito bem”.

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Embora referências diversas sejam apontadas como inspiração, a estética do álbum aposta em um minimalismo estrategicamente escolhido para representar quem é Karen Jonz fora do estúdio e pistas de skateO figurino assinado por Juliana Bordim conta com peças simples e divertidas como blazers, blusas, polos e calças coloridas que respeitam a paleta de cor marcante de vermelho, roxo, preto e branco, além de uma beleza simples e natural, até sem máscara de cílios, pensada por Dindi Hojah“Eu poderia estar aqui de salto, vestida de xuxa, mas é uma parada que depois não vai fazer sentido. No fundo eu sou skatista, eu sou mãe, eu sou uma mulher prática, então eu fiquei muito feliz com o resultado, porque eu acho que tá tudo conversando e que as coisas estão muito no seu lugar”, explica a cantora. 

“Eu acho que esse disco vai trazer questionamentos para pessoas e até um acalento”

Não é apenas a estética e o figurino que seguiram a essência da artista. Ao longo do disco, é possível notar o quão autobiográfico as composições e melodias são. Por causa disso, Karen conta que a maior satisfação que têm em relação ao álbum é poder expor seus sentimentos em um projeto que seja coerente e que seus fãs possam se identificar com a imagem e principalmente com a música:  “Eu acho que lançar de maneira coerente com a imagem e a música e o momento que eu estou vivendo, porque eu acho que as letras dizem sobre uma mulher com mais de 30 anos. Às vezes eu paro para pensar ‘que legal que eu consigo falar sobre algo que realmente é coerente e é sincero com esse momento de vida’”.

Com o projeto “Papel de Carta” já disponível, Karen não descarta a possibilidade de estar nos palcos, sem datas marcadas, por enquanto, e revelou que vem ensaiando seu repertório. Além dos shows, a cantora adiantou que está trabalhando para a produção de clipes para o segundo momento do projeto. 

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Nesta primeira fase, a artista junto ao diretor de fotografia André Iosolini, produziram vizualizers, que são vídeos curtos em espécie de gif, que contaram com uma produção analógica e processos inusitados: “Todos a gente fez a mão com analógico, a gente pegou frames de VHS, vídeo filmado com VHS, imprimiu e fez a animação quadro a quadro”.

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O disco “Papel de Carta” de Karen Jonz já está disponível desde a última quinta-feira,12, em todas as plataformas de streaming musical do país.

 

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