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”Eu ganhava bem, mas não era feliz”: a trajetória de uma mulher que decidiu mudar de carreira e empreender

Rejane Toigo conta como saiu da zona de conforto e se realizou empreendendo no marketing digital

Rejane Toigo conta sua experiência empreendendo digitalmente – Divulgação

Especialistas em desenvolvimento pessoal e profissional dizem que para ser bem-sucedido é preciso agir e ao sair da zona de conforto é inevitável que percalços se acumulem. É como se o sucesso não existisse sem o fracasso, sendo possível acertar somente aprendendo com os erros. A trajetória da estrategista digital gaúcha, Rejane Toigo, é um ótimo exemplo disso. Atualmente proprietária de uma agência de produção de conteúdo digital, Rejane aventurou-se em diversos caminhos antes de se encontrar. 

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Dentista por formação, ela foi também instrutora de yoga e atuou por quase uma década no mercado de varejo de shopping centers e franquias até descobrir que sua vocação eram as mídias sociais. 

Suas dúvidas em relação à carreira iniciaram ainda na faculdade de odontologia. O que não impediu Rejane de se formar e atuar na área, após especializar-se em endodontia. Além de ter seu próprio consultório, trabalhava em mais dois empregos e ainda almejava cursar mestrado na área de microbiologia. “Ganhava um bom dinheiro, mas não era feliz”, conta. 

À época a estrategista digital já praticava yoga e apaixonou-se pela atividade. Por isso, formou-se instrutora, profissão que durante um tempo dividiu suas atenções com a odontologia. De acordo com Rejane, a prática foi muita importante nesse período. “A yoga me ensinou a acalmar minha ondas mentais e funcionou como uma ferramenta de autoconhecimento”, afirma.

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Munida dessa sabedoria, Rejane decidiu aos poucos abandonar a profissão de dentista e dedicar-se exclusivamente à yoga, montando uma escola para a prática. “Foi um período difícil, sem muito apoio da família, que não compreendia muito bem o que se passava comigo”, diz.  Muito importante na ocasião foi o começo do namoro com seu atual marido, Paulo Henrique, que lhe deu o apoio que tanto precisava, encorajando-a a seguir em frente.

Aos poucos, porém, se desencantou com a profissão de instrutora e após uma guinada tornou-se gerente da loja a qual seu namorado era um dos proprietários, em Garopaba (SC). “Em mais um processo de autoconhecimento, eu descobri que gostava de atender as pessoas e  de vender”, relata.

A PERDA DE UM FILHO

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Nesse intervalo, o namorado se tornou marido e Rejane engravidou de gêmeos. Um de seus filhos, porém, não resistiu ao parto e nessa ocasião Rejane recorda que ela e Paulo Henrique decidiram que não iram fazer do dia do nascimento de Vincenzo o dia da morte de Bernardo. 

“Aprendi uma lição que levo até hoje: todos os dias acordamos e temos a opção de sermos gratos pelo que conquistamos ou lamentarmos o que perdemos”, afirma. E mais uma vez, tudo aquilo que fez parte da sua vida foi importante para enfrentar aquele momento tão delicado. 
“Se eu não tivesse o autoconhecimento adquirido por meio da yoga eu não sei como reagiria ao que me aconteceu”, diz.

ÀS VEZES DÁ ERRADO PARA DAR CERTO

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O gosto adquirido pelo segmento de vendas fez Rejane dar um grande passo: a abertura de uma loja infantil em um shopping center de Caxias do Sul (RS), que posteriormente lhe rendeu franquias. A experiência contudo não foi bem sucedida e deixou marcas na estrategista digital.

“Eu não compreendia o modelo de negócio da empresa e acabei me endividando bastante”, conta. Para tentar salvar seu empreendimento, Rejane optou por estruturar um e-commerce, pensando em aproveitar o crescimento das vendas virtuais. Na busca por conhecimento na área, matriculou-se em um curso MBA de marketing. Nas aulas, foi avisada por um professor que o futuro das vendas pela internet estavam nas redes sociais.

Sua estratégia para resgatar os negócios não funcionou e Rejane sentiu o baque. “Foi muito frustrante, porque parecia que todos aqueles que disseram para eu não largar a odontologia tinham razão”, diz. 

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REDE DE APOIO É FUNDAMENTAL

De grande valia na ocasião foi a ajuda da psicóloga, treinadora comportamental e mentora de carreira, Fernanda Tochetto. “Ela fez um trabalho muito interessante comigo, recuperando minha autoestima que estava bem baixa e me mostrando que tudo que havia feito até então tinha valor”, afirma.

Tochetto auxiliou Rejane ainda a encontrar a única solução para o seu dilema: fechar e vender as lojas. Já ciente que o futuro das vendas pela internet estava nas redes sociais, Rejane resolveu estudar o mercado que ainda era muito incipiente no Brasil. “Meu pai sempre me ensinou que conhecimento é algo que ninguém nos tira, por isso, mesmo com pouco dinheiro, investi em cursos, a maioria do exterior, sobre o tema”, conta.

No final de 2010, começou a trabalhar como social media, no quarto de sua casa, gerenciando as contas de meia dúzia de clientes. Concomitantemente, atuava em duas agências de publicidade, adquirindo experiência. Era o início da consolidação profissional de Rejane que iria tomar uma forma concreta com a fundação da agência um tempo depois.

OS RESULTADOS VIERAM

A estrategista digital conta que foi mais ou menos nessa época que o Facebook lançou uma campanha em que oferecia cursos sobre gerenciamento de anúncios a empresas que investissem cerca de mil reais na rede social. “Eu fui atrás e consegui convencer um cliente a dispor desse montante para que eu pudesse aprender sobre anúncios em redes sociais e em troca ajudá-lo com isso”, conta. Sabendo como produzir conteúdo e gerenciar anúncios, Rejane encorajou-se a fundar a agência de marketing.

No começo, segundo Rejane, o objetivo era trabalhar com diversos tipos de clientes. Aos poucos, no entanto, devido a contatos com professores da época em que estudou odontologia e seu bom relacionamento com eles, a empresa voltou-se quase que exclusivamente ao atendimento de profissionais da área da saúde.

O derradeiro salto para transformar a agência de marketing no que é hoje e tonar Rejane uma referência profissional aconteceu nos idos de 2013, quando a estrategista digital travou contato com aulas sobre como produzir e vender cursos online. Na sua primeira tentativa em produzir e vender cursos online, já um grande sucesso. Em pouco mais de seis meses, a agência aumentou de 20 mil para 100 mil o número de inscritos de um curso de um cliente.

O êxito da experiência convenceu Rejane de que a empresa deveria atender apenas empresas e pessoas físicas cuja intenção é ministrar cursos online.
Rejane destaca que trabalhos competentes e resultados promissores colocaram a Like Marketing em uma ótima posição no mercado do infoproduto. Hoje, a empresa conta com mais de 30 profissionais com diferentes formações acadêmicas e experiências em áreas específicas. As atividades da agência atualmente consistem no desenvolvimento da estratégia e na produção de conteúdos para redes sociais, sites e blogs, além do gerenciamento das redes e na produção e venda de cursos online.

Rejane atua ainda como youtuber, onde aborda temas como marketing digital e neuromarketing. Seus vídeos já atingiram mais de 5 milhões de visualizações. A estrategista digital também é palestrante em eventos e convenções na área de marketing. Como sempre gostou de estudar e aprender, atualmente é mestranda em neuromarketing pela Florida Christian University.