A campanha “Outubro Rosa” de conscientização e combate ao câncer de mama termina no sábado (31/10), mas o alerta vale para o ano inteiro: cuide-se! Quando o tumor maligno nos seios é descoberto no estágio inicial, a chance de cura é maior. Para diagnosticá-lo, o método mais eficaz é a
mamografia, que detecta tumores com menos de um centímetro. “A partir dos 40 anos de idade, a mulher tem que se submeter ao exame anualmente”, alerta Priscila Beatriz Oliveros dos Santos, mastologista do Instituto de Medicina Avançada (Amato). A recomendação aumenta para dois anos entre uma mamografia e outra quando a mulher completa 50 anos. “Apesar de menos frequente, o câncer de mama pode afetar mulheres antes dos 40 anos”, diz a especialista. Fora das faixas etárias em que há maior incidência da doença, os métodos para verificar a saúde das mamas são a ultrassonografia e o autoexame.
Uma mulher que conhece seu corpo vai notar alguma alteração mais facilmente, inclusive durante atos corriqueiros do dia a dia. Mas, para conhecer os próprios seios, o autoexame é necessário. “O mais indicado é fazê-lo de cinco a sete dias após o início da menstruação. Quem não menstrua, pode eleger um dia do mês para realizá-lo”, sugere a mastologista, que indica o passo a passo do autoexame.
1) Fique de pé em frente ao espelho e observe as mamas com os braços abaixados: “fique atenta à pele, aos mamilos e à presença de retrações ou abaulamentos (formas curvadas)”, aconselha;
2) Depois, levante os braços e fique atenta caso ocorra alguma retração ou alteração na textura da pele;
3) Aperte com força a cintura para ver novamente se ocorre alguma alteração na pele;
4) Com a mão esquerda atrás da cabeça, use as pontas dos dedos da mão direita para apalpar a mama esquerda. Comece pela região próxima à axila e vá dedilhando o seio em direção ao mamilo. Apalpe toda a mama. Depois, coloca a mão direita atrás da cabeça e use a esquerda para tocar o outro seio;
5) Aperte um mamilo por vez e observe se ocorre saída de secreção.
O câncer de mama, em geral, só apresenta sintomas quando atinge estágio avançado. Podem ocorrer alterações no formato dos mamilos e das mamas e na textura da pele, vermelhidão ou aparecer secreção. Porém, infelizmente, nessa fase, é mais difícil tratar a doença. É por isso que o diagnóstico precoce é tão importante.
Sobrepeso, obesidade, tabagismo, alcoolismo e tratamentos de reposição hormonal aumentam consideravelmente as chances de aparecimento de um tumor maligno nos seios, que se desenvolve a partir de alterações genéticas em um conjunto de células que passam a se dividir descontroladamente. Quem tem a doença no histórico familiar também pertence a um grupo de risco. “Mas é importante frisar que apenas 10% dos cânceres de mama têm relação com a genética familiar”, avalia a especialista. A maioria dos casos ocorre por mutação genética. O câncer de mama é o que mais acomete mulheres no Brasil e em todo o mundo e demanda atenção feminina diária.