Glúten: o que é e quais são os efeitos colaterais para a pele

Na coluna desta semana, Dra. Mariana Veloso explica a relação entre o glúten e a longevidade; por que e quando precisamos maneirar no ingrediente? Vocês descobrirão a seguir!

Glúten: o que é e quais são os efeitos colaterais para a pele
Glúten: o que é e quais são os efeitos colaterais para a pele – FREEPIK

Todos nós, em algum momento, já nos deparamos com a frase “contém glúten” ou “não contém glúten” em embalagens de diversos alimentos. A presença desta mensagem é exigida por lei e a substância pode conferir riscos à saúde do organismo e da pele. O glúten está presente em sementes de alguns cereais como trigo, cevada e centeio, e é formado por meio da mistura de proteínas a algumas substâncias tóxicas chamadas de gliadina e glutenina.

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Glúten: o que é e o que ele pode causar em alguns organismos?

Apesar da proteína ser de suma importância na indústria alimentícia, pois ajuda na hora de ‘dar liga’ aos preparos, o glúten é de difícil digestão e tem alta capacidade de irritar a mucosa gástrica, e ainda provocar alergias cutâneas.

A longo prazo, nosso organismo pode rejeitar a substância, causando complicações mais severas. Quanto mais cedo começarmos a ingestão da substância, maior é a chance de desenvolvermos alguma doença ou grau de hipersensibilidade. Viver sem glúten não é recomendado para todo mundo, mas é preciso ter moderação. A ingestão excessiva de alimentos com a proteína pode causar retenção de líquidos, sensação de inchaço e desequilíbrio da microbiota, mas dentro de uma alimentação equilibrada não é preciso se preocupar com o seu consumo.

Na pele, o que o ingrediente é capaz de causar?

Na pele, o glúten pode causar dermatite herpetiforme, que são caracterizadas por lesões com bolhas que se rompem com facilidade e crostas. Estas feridas podem causar coceira intensa em áreas como joelhos, cotovelos e glúteos. Pelo fato de as lesões coçarem muito, é bastante comum o sangramento das áreas afetadas e, consequente, infecção secundária causada por bactérias, aumentando ainda mais o prurido e as feridas na pele. Além disso, já a reação que a substância pode gerar no intestino delgado é chamada de doença celíaca, os sintomas mais comuns são: diarreia intensa e de longa duração, vômito, perda ou ganho de peso, anemia e distensão abdominal. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 1% da população mundial tem a doença que afeta pessoas de ambos os sexos e pode surgir em qualquer fase da vida.

Quando é preciso retirar o glúten da alimentação?

Para o diagnóstico da doença celíaca, são realizadas biópsias do intestino delgado, onde é examinada a integridade das vilosidades intestinais, que são dobras da parede interna que aumentam a superfície de absorção de nutrientes. Além das realizações de exames de sangue para pesquisar ou a ausência de determinados anticorpos.

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Se confirmado, é recomendada a eliminação de alimentos que contenham glúten e a substituição por alternativas. A alternativa é utilizar farinhas de amêndoas, de linhaça, de coco, quinoa, amaranto, banana verde e consumir alimentos como arroz, milho, mandioca, frutas, vegetais, carnes, sal, óleos, açúcar, cacau e gelatina, pois não apresentam a substância em suas composições naturais e irão auxiliar para a regeneração da mucosa intestinal, melhorando, assim, a qualidade nutricional. Além disso, vale ressaltar que em alguns casos, o médico poderá prescrever medicamentos antibacterianos e antibióticos. Já que com o tratamento adequado, a doença tende a ficar inativa.

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Mariana Veloso: Com a missão de cuidar de seu paciente por um todo, visando sempre o cuidado, saúde e bem-estar, a Dra. Mariana Veloso é graduada pela Faculdade de Medicina 9 de Julho, possui Clínica Médica pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e pós-graduação em Dermatologia pela ISMD. Referência na área de dermatologia e em medicina estética em Sorocaba, atualmente possui uma clínica no bairro Campolim, onde oferece aos seus pacientes a busca por uma beleza com consciência e naturalidade. Para oferecer o que há de melhor para os seus pacientes, a especialista está sempre em busca de atualização, participando ativamente das organizações de maior representatividade em pesquisas, congressos e eventos em São Paulo, Lisboa, San Diego, Madri, Washington e Paris. É membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética.